quinta-feira, 14 de julho de 2011

Páthos




Emoção emergente que inunda a alma
do poeta extasiado,
eremita que sobe a trilha cotidiana
e vislumbra exótica flôr que brota na montanha.
Ele ao deparar a beleza de fractais divinos,
no perfume, nas pétalas e símbolos
delicada veste colorida
vida improvável em meio ao pedregulho
que encanta o observador
emociona a alma mais dura
e enleva a mais fria mente reflexiva:
"Será milagre da natureza,
acaso ou força divina?"
"Se é assim do nada o brotar da vida
porque uma lágrima molha minha fronte?"


5 comentários:

  1. Esse poema é dedicado a Saigyo o poeta eremita Zen que a partir de uma má tradução poética da linda obra do autor "Poemas da Cabana Montanhesa" para o português desencadeou essa criação. Maus tradutores de poemas Zen, cartesianos na sua exatidão fria e peripatéticos na sua inexatidão de sentido clássico, nada sabem do Koan, na verdade nem eu nada sei. Esse é o Koan.

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  2. 1. A história da palavra pathos está obscurecida por uma multiplicidade de conotações. A sua acepção mais geral significa «algo que acontece», quer em referência ao próprio evento (assim Heródoto V, 4; Sófocles, O. T., 732) quer à pessoa afetada (assim Platão, Fédon 96a: «as minhas experiências»), o último tipo de uso consideravelmente alargado em sentidos éticos, como, por exemplo, no «sofrimento instrutivo» dos trágicos (ver Esquilo, Aga. 177). A especulação filosófica bifurca-se a partir desta altura em. dois sentidos diferentes, investigando o pathos tanto como «o que acontece aos corpos» como «o que acontece às almas», o primeiro sob a rubrica geral de qualidades, o segundo sob a de emoções. A ponte é fornecida pelas teorias materialistas da sensação que reduzem o conhecimento sensorial a um pathos dos sentidos que, por sua vez, é capaz de disparar os pathe da alma.

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  3. Poesia é como o Zen (TAO) NÃO se explica Se emociona

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