Quando a vida perde o sentido
a loucura extravasa a morte
o castelo de cartas voa
o raio destrói a Torre
Lobo assopra a casa de palha
do que era antes amor eterno
Era uma vez uma princesa
que tomou um porre
como quase todo o dia tomava
e deixou-se desabar na suja sarjeta
mascara rota / malcozida
caiu na vala
vociferando opróbrios
com os demônios que carregava
em seu ventre seco
Desabou como pedra
fera ferida
xingou o mundo
até mesmo seu mais intimo amante
quebrou a bengala
da consciência e sabedoria
com seus impropérios sem sentido
e depois perdeu tudo que tinha
em apenas alguns minutos
de ira bêbada
loucura etílica plena
perversa e sem sentido
sentimento suicida
de quem por dentro
morre a cada instante
e despercebe a alma rota