sexta-feira, 27 de março de 2015

Parasita







Pode a calçada fria apaixonar-se
pela flor que viceja na tormenta
da brecha viva
O alumiar da semente
Salto de gineceu fecundo
que aprisiona
Flor serpente que envenena
a calçada fria que te abriga
Aumenta a brecha diminuta
expande a fissura na pedra fria
Eu semeio o ato insuspeito
De mirar a flor que me aprisiona
Sou presa absoluta
nesse frio que se avizinha
predador astuto me persegue
É a besta fera que me acua
Sentença fria do juiz da morte
Dharma / Divina sentença
Que ceifa a flor que desabrocha
O Destino assim se perpetua
É futuro consumado no passado
Cristal quebrado / mala vazia na calçada
Com cada ato impensado
Que o porvir não regenera.


Nenhum comentário:

Postar um comentário