Eles chegaram com as armas prontas
Não foi possível sequer pensar
Um grito ouvi de minha boca
Lamina seca partida
Sangue que se esvai
Mente que aprisiona o corpo
Em câmara lenta
Caindo como um pássaro abatido
Mirando a laje fria que cresce
Em negação ao ato que encerra
A dor que logo vai indo embora
Para sempre
Aguarda o túnel luminoso que liberta
Matéria prima do mais puro vazio
Alma confrangida se nega de ir embora
Ao trilhar para a Luz
Irresistível atração
de tempo infinito instante
Apega-se ao que não mais existe
E não enxerga a passagem estreita
Que leva a outra margem do Estige
a tão delicada pétala
De existência revolta
Encerra o Livro da Vida
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