quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Vitor Jara





Prantea baixo o choro
dos pueblos da calle ancha
nos dormitórios obreiros de Santiago
nas minas e fábricas 
nos bares pobres da estiva
no cais de Valparaíso
segue fúnebre cortejo do medo
tua voz calada a força
tuas mãos rotas 
a golpe de armas
via escura e tortuosa
estranha sina
cumpre o plano divino
livre pelo tormento teu espírito
do inferno terrenal
torna eterno teu canto
que aos mais fracos afaga e acalenta
persistente nota
preenche a escura noite:
- Te recuerdo Amanda 
 la Calle mojada... 



Nenhum comentário:

Postar um comentário