Vivência de
espetáculo, a ribalta
Inflige a redundância
das repetições
As imitações
das personas
A tolerância
aos beócios da platéia
E a
compaixão budista como árdua sina
ao artista.
Na
incompreensão do conteúdo
Ou na má
compreensão do texto
Que a cada
dia o brutaliza
E faz do
principal perversa forma
Roteiro dessa
peça bufa
Denominada vida.
Perde o
senso e o dogma transluz
Como falsa gema
Podre fruto de
frondosa árvore
Muito antiga.
Irrazoáveis
são as humanas crenças
Risíveis são
os temores ante a finitude
Fugazes são as
obras
Ruinas de
Ozimandias.
Mas da vida no
teatro a cena
Clama o
artista alto suas falas
Largos gestos
de comédia e drama,
Bordões
gastos, rotas flamulas
Pobre
cenário de circo mambembe
Espetáculo
findo desce o pano
Escapa da
vida o sopro
Mamulengo
sem o titereiro
Infantes
deuses riem-se e divertem-se
Das peripécias
dos pobres saltimbancos.
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