Dorme meu
pequeno
enrolado em panos
teu sagrado sono
sangre seco
na face imberbe
que já não
respira
Dorme meu
pequeno
sonha teus
lindos campos
que nunca
conheceste
cessa teu
choro agora
cessa a dor
de teu corpo
rasgado pela
bomba sem nome
olha
inocente, estupefato
a própria vida que se esvai
alma sumida
em sonhos
travessuras de
criança
pipa esvoaça
sobre o muro
olha a fria
mira da sentinela
estupefato
admira as
lindas cores
do objeto
que agride
a pedra fria
voa a nave
silenciosa
como ave de
rapina
explode o
débil corpo
silencia teu
riso inocente
por cima do arame farpado
Resisti bastante antes de escrever essas linhas para não cair no lugar comum da ridicularia de fazer versos com as dores alheias ou promover o ódio sectário de forma impensada. Mas só mesmo a infância perdida pode aclarar essa questão nefasta e despertar nosso desprezo por uma nova ordem mundial que mais parece uma sobrevivência do nazismo
ResponderExcluirPalavras justas as suas.
ExcluirCortantes imagens essas que acompanham o poema.
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