terça-feira, 22 de março de 2011

Na Terra do Sol Nascente





Lua crescente
cinge a Terra
com teu brilho noturno
O mocho arrulha
yúúú yúúú yúúú
enquanto perscruta sua prêsa
dormente pelo frio da noite
que espreita
Caminho noturno
segue indolente como trilha
o passageiro de campos e flôres,
exiguas dôres da mata diminuta
luta selvagem pela fome
que segue para o passante 
na paisagem insuspeita
Ao longe a terra treme suspiros
entre homens e peixes.
A terra treme exigindo seus sacrifícios
os alicerces de jovens e donzelas
enterrados vivos
para manter incólumes
seus palácios de pedra (Onde estarão?)
Hoje suas fábricas e usinas
de orgulho e soberba
viram escombros em minutos
ruínas para futuros estudos
de outras civilizações
que alí encontrarão
o consolo da exiguidade da vida.
O fogo, a água, o ar, a terra
exigem mais uma vez seus sacrifícios
na sua fome, eterna revolta jamais saciada
de deus bruto...

Um comentário:

  1. Essas notas são sobre os recentes terremotos no Japão e nossa insignificância perante as forças divinas da Natureza. Não conseguimos,mergulhados em nossa civilização consumista e cegos pelo nosso sistema de crenças visualizar que a luta pela sobrevivência está logo alí em um pequeno campo onde ela ocorre insuspeita

    ResponderExcluir