O Terror...o Terror !
O frio mármore pontico das vagas
foi teu final acalanto
Sequer o terror e a morte
Por ti compadecidos permitiram
Que o tempo tresandasse maior
Ou muito longo mais fosse teu sofrimento
no último respiro exasperado
afogado nas profundezas do oceano
Braços perdidos da querida mãe ignorada
Que desceu contigo os abismos
Rogando a clemência das intempéries
Esse teu filho, pequena criança desterrada
De nossa humanidade perdida
espectadores
como somos todos
embrutecidos pela tela inodora
já não pranteamos sua perda
mas a nossa
Pois não foi dele a culpa da morte e do terror extremo
Mas fomos nós que perdemos nossa essência
Em algum momento
Com a imagem da pequena figura inerte
Jogada como um pet vazio numa praia
Barbarizada como coisa corriqueira
De um mundo superlotado
Nós falhamos em algum momento
E já não conseguimos mais resgatar nossa empatia
até quando distante ?
O Terror...o Terror !
O Terror está logo ali, depois da esquina
ResponderExcluirOs horrores da humanidade.
ResponderExcluirA humanidade não é humana.